quinta-feira, fevereiro 24, 2011

Conte

                                                           1, 2, 3



O mundo pede calma. Calma para os desesperados, para o que ainda não foi revelado. Para os amantes afobados, para as madrugadas dos desolados. Calma. Conte um, dois, três. Respire sem pressa. O mundo pede um pouco de paciência. Paciência para os pacientes alarmados, para o que ainda não foi diagnosticado. Para as discussões e seus culpados, para a arte dos malvados. Paciência. Segure as palavras, pense em um mar azul e salgado. Respire devagar. O mundo pede mais espera. Espera pela chuva de São Pedro enrolado. Para as músicas do disco que ainda não foi lançado, para breve estar olhando o céu com teu amado. Lado a lado, conte.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Mais

É questão de tempo até sentir-me inserida em ti. Desafio, à fio. Talvez impossibilidade seja a opinião dos fracos. Jamais me comovem. Eu quero mais; mais poder. Mais nós. Um beijo de bom dia, e mais que uma conversa descontraída. Olhos vermelhos, beijos revelantes, corpos quentes e a sensação de manhã fria ao arrepiar cada milímetro de nossa pele. Curar a sua dor, e anular a minha em uma dose de uísque com dois cubos de gelo. Não há paixão mal resolvida que não possa ser substituída. Deixe-me. Esqueça que há pessoas ao nosso redor, e não dê ouvido ao que murmuram. Não há dor quando não se tem mais ferida. Deixe-me tentar. Mais.