quinta-feira, agosto 25, 2011

Acredito em anjo


Se cada passo que dei desde o meu nascimento, foram passos direcionados ao seu encontro, a vida me fez melhor para que conhecesse a ti quando menos esperasse, procurasse; de uma forma totalmente inesperada. Independente de quanto tempo permanecerá nela, se por umas semanas, meses ou anos; estou madura o suficiente para saber que o pra sempre não existe, e ninguém precisa dele para ser feliz quando se tem um sentimento verdadeiro. Só por ter conhecido-o minha vida já valeu. Desejo com todo meu coração que não seja algo passageiro, quero poder entregar meu coração, confiança, corpo e alma a ti, meu anjo. Faço preces, pois quero que ao meu lado seja o teu lugar.

domingo, agosto 14, 2011

Friday night


Estava tomada por uma mistura clássica de vergonha, medo e vontade insana do novo. Desceu os quinze ou dezesseis degraus com seu salto agulha e sua sobriedade. Olhou ao redor e parou em um olhar. Talvez o conhecesse de longa data, antes mesmo do primeiro contato virtual. Ele a reconheceu da forma mais simples, não tão espiritual. Trocaram algumas palavras constrangidas, cuspidas e se afastaram.
Estava tomada por uma mistura psicodélica de sedução, embriaguez e vontade estranha de dançar. Observava cada detalhe enquanto cantava alguns refrãos e arriscava alguns passos. Beijou outra boca, agora conhecida, imaginando ser aquela que ainda não conhecia - pertencentes ao dono do seu olhar. Perdeu a noção do tempo, ganhou uma chance de acertar de vez o beijo.
Estava tomada por uma mistura doce de desejo, esperança e vontade louca de ficar para sempre ali. Dançaram face com face, como se fossem apenas um. Então o tempo correu em velocidade máxima. Ele pegou sua mão, subiram os quinze ou dezesseis degraus com seu salto agulha e sua embriaguez. Desejava poder ser levada em casa, conquistar seu beijo. Mas não foi assim que aconteceu.
Estava tomara por uma mistura envenenada de decepção, raiva e vontade voltar no tempo. Chegou em casa com a luta perdida, mas com um desafio ainda no ar. Deitou-se e sonhou com a continuação da noite. Não podia estar em corpo, mas estava em alma. E esteve.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Às quatro

Fez loucuras. Arquitetou durante horas o plano perfeito, enquanto o sono não a acometia. Mexeu e remexeu em sua cama, de um lado para o outro, até que a sua mente trabalhasse perfeitamente consciente. Não viu o dia nascer, foi pega pelo subconsciente enfim. Colocou em prática o plano, esquematizado em detalhes mínimos arquivado na sua mente maquiavélica. Mentiu inocentemente, sem inocente ser. Caminhou em passos largos, respiração profunda, ao final da rua - ou o começo meio dela - e surpreendeu-se. Ligação, timidez, poucas falas, indecisão seguida de decisão, parados, os dois, a sós. Conversas, variados assuntos, tantas coisas, pessoas, experiências, fatos, e o tempo que voa. O sol implorava para ir embora, enquanto deixava seus últimos raios de luz sobre as nuvens ralas no céu. O riso, costume, olhares trocados, a boca pedindo beijo, boa música, a rua e as pessoas, tudo isso em um ritmo igual. O tempo voa impiedoso. É beijada, profundamente, e termina com o clima de beijos que combinam. A cada instante fica mais difícil, controlar a vontade de beijar a todo milésimo, e percorre ambos, até que se entregam ao desejo. Beijam-se como se o mundo fosse acabar naquele momento, como se tivessem de aproveitá-lo ao máximo. E o tempo corre, arrasta tudo e todos. O desejo paira no ar, aquele proibido, malicioso, guardado para futuramente. A despedida, a contra vontade de partir, o suplício que vem de dentro para que fiquem até a madrugada, daquele jeito. Anda pelas ruas, absorta em replays, flashes do que foi aquela tarde. O sorriso que toma conta, enche o ar, alimenta. Fim do começo.