sexta-feira, setembro 18, 2009

Garoto de Aluguel

Você quer minha frágil boca vermelha, para usá-la e fazer dela sua própria alma. Você me segura com malícia, com uma força que não machuca e delira frases imprescindíveis que me fazem sumir em pensamentos. Você me envolve em seus braços inquietos como se tudo fosse ter fim no exatao momento, como numa última vez. Você me olha nos olhos com tal profundidade, que meus pensamentos passam para tua mente e você rouba minhas palavras, diz tudo que eu mais temo em dizer com tal simplicidade e magnitude que parecem envoltas por uma macia seda indiana. Você me possui como uma fera mansa, de corpo inteiro, de pele macia e sentimentos puros, com uma dose de agonia. A música soa melancólica e ouço as palavras embriagadas, lentas e distorcidas. Parece que o tempo está parando, mas em câmera lenta; detalhe por detalhe parece ser único. A noite está serena, o mar quebra nas pedras adormecidas e quentes e a lua reflete ao mar como um caminho para a felicidade, as ondas parecem entrar no nosso clima. Estou tão embalada, que nem lembro que é só essa noite. As horas não parecem voar, mas o fim se aproxima. Meu suor com teu suor tem cheiro de paixão, pego seu dinheiro e jogo na cama. Você está parado ali, só de roupas íntimas. Mas ao vestir-se pega o dinheiro, de beija levemente e sai sorrindo. A porta bate e a lágrima escorre em meu rosto. É um fim.

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