domingo, setembro 27, 2009

Metades Iguais


O céu nunca esteve tão lindo. O azul se destacava sem modéstia, as nuvens haviam pedido demissão e o sol comparecia de uma forma reluzente e calorosa. A grama estava verde e a nossa toalha estendida nela. A brisa emaranhava levemente os meus cabelos e meus óculos escuros me dava uma visão do sobrenatural. É como se eu estivesse acordando de um sono profundo, um sono vicioso que partiu uma grande fase de minha vida. As árvores balançavam uniformemente e os pássaros sobre o corrimão da escada, namoravam também. A sombra ocupava grande parte do solo e ali estávamos nós. Só eu e você deitados sobre majestosa natureza e sobre o encantador amor. Era aquele momento, não nos importavam as horas ou as pessoas. Éramos nós e o nosso meio ambiente ali. Nos beijávamos como se não houvesse amanhã, e seus lábios pareciam mel me fazendo sentir uma abelha rainha, dona do seu coração. Senti-me puro desejo e queria me perder em seu corpo; minha metade, minha soma e complemento. Não me importava se quando estava longe de ti outros homens me desejavam com malícia, na minha vida só existia você. Aquela tarde ensolarada de domingo parecia não ter um fim, talvez nunca terá.

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